Carregando...
HQ do site

Black Clover

Black Clover é nada mais que um típico Shonen. Ao começar a ler ou assistir, verá muita semelhança com Naruto. Um garoto que aparentemente não tem nenhum talento, que ninguém o leva a sério parecendo um típico perdedor. Um demônio que há muito tempo atacou o lugar onde residem, a ideia de nunca desistir e sempre se esforçar. Mas rapidamente, começa a notar as particularidades da obra.

Entre os episódios 44 a 50 ou capítulos 64 ao 71 do mangá, se a obra não te fisgar, não te prende mais. Mas eu encaixaria a luta que se passa neste momento como uma das melhores de todos os animes.

Para começar, vamos entender do que se trata a obra. Sobre luta de classes.

O contexto se encaixa em um período que seria o equivalente ao nosso sec XVIII. Com uma nobreza que se esbanjava , se achava superior à plebe. É um mundo movido a magia. Entretanto a magia é mais concentrada entre a nobreza. Claro que as lutas não se limitam à quantidade de magia, mas a vários elementos que lembra até um pouco Pokemon. O estilo da magia, toda uma questão de vantagens ou desvantagens, entre outros elementos interferem.

Temos também os cavaleiros mágicos, organizados em 9 esquadrões. Sendo a polícia local composta principalmente por nobres. No momento da trama, já existem plebeus entre cavaleiros mágicos. Mas o primeiro plebeu estaria vivo na trama se não tivesse sido assassinado pelos próprios cavaleiros. Pois não aceitaram um plebeu entre eles. Isso mostra inclusive que a muitos entram para os cavaleiros mágicos puramente por status. Ao ponto de só escolherem se salvarão alguém ou não, devido ao prestígio que pode ganhar com isso. Caso contrário, são capazes deles mesmo matarem a vítima.

Entre os esquadrões, temos os Touros Negros, compostos praticamente por perdedores e desqualificados. Tirando o capitão do esquadrão que está entre os mais overpowers da obra, só temos desqualificados, um covarde, pessoas com personalidade de moral duvidosa sendo que um é delinquente, um que só pensa em luta ao ponto de ser irresponsável, um que é egoísta, uma bêbada e vemos também que mesmo entre os nobres, se alguém nasce com um tipo de poder que parece inútil, ou não consegue ter domínio sobre o seu poder, é visto como um bastardo. Para os nobres, entrar neste esquadrão é como uma punição.

Aos poucos vemos que o capitão havia visto potencial em todos aqui, mas todos estavam conformados com o fato de serem perdedores.

Até vir o protagonista, que aparentemente não tinha nenhum potencial (veremos que não é bem assim também), mas que nunca desiste e esse seu esforço vai cativando pouco a pouco. Em um dado momento, aparece uns inimigos que se igualam em poder ao nível mais alto da hierarquia de poderes da obra, podendo até superar alguns. E os personagens se encontram em uma situação que o único capitão presente, não tinha outra opção a não ser assistir a luta sem interromper.

Este é um momento que deu certo receio, uma hierarquia de poder mal estabelecida pode desqualificar a obra. Isso ocorre em Fairy Tail onde o protagonista supera rapidamente os níveis mais altos do rank. Contudo a obra tenta nos convencer que ele ainda era um nível intermediário. E a “escada”, onde um inimigo mais forte que o anterior aparece, não funciona bem.

Mas aqui, é bem feito.

Desde elementos já citados que direcionam a luta, como o fato do protagonista usar espadas que anulam magias independentes do nível da mesma, mas por não ser capaz de usar magia, tem desvantagens que o próprio vilão esfrega na cara durante a batalha, embora já é perceptível para nós leitores e telespectadores antes mesmo dele falar. Mas nesta luta, é quando a persistência do protagonista cativa a todos ao ponto de todos se unirem em um plano para derrotar o inimigo fazendo com que todos se superem, o covarde deixa de ser covarde, o egoísta deixa de ser egoísta, e isso torna a luta muito emocionante. No anime, tem algumas vantagens como momentos que foram melhor encaixados no anime do que no mangá e a luta com os capangas do vilão principal é mostrada na integra no amine enquanto no mangá vemos só o final e ainda tem menos.

Depois dela, temos muita coisa que nos prende a obra, viradas, personagens que vão ganhando camadas e nos cativando e neste momento, tem espaço para muitas teorias da origem de uma série de elementos estabelecidos na obra e que ainda não tem respostas.

Em relação á diferença entre o anime e o mangá, tem alguns elementos que entram em conflito, mas acredito ser problemas de tradução. No geral, é um Shonen básico e sem nada demais, mas que nem por isso se desqualifica porque usa muito bem todos os elementos clássicos de um shonen bem feito

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.