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Contos de Azrael – relatos com Padre Gonzales 12 – Cuca

PS –  Neste documento, é difícil de determinar a data e o nome do responsável, assim como o caráter do documento. Parece um diário.

Cuca

Em nossa missão de explorar e conseguir tribos que possam se aliar a nossa causa, chegamos a essa. São um povo muito devoto e de extrema obediência a seu líder. O primeiro contato foi tranquilo. Mas ao contrário de outras tribos, eles não estranharam alguns dos itens que oferecemos. Chegaram a perguntar sobre armas de fogo. Será que nossa fama expandiu rápido assim?

Estamos a uma semana já com esse povo. São bem receptivos. Mas o contato com o líder vem sendo difícil. Nunca nem o vimos, apenas sabemos que ele está dentro de um templo. Um templo que parece uma grande pirâmide. O templo é todo para o líder. Ele é chamado de Cuca.

Vejo um grande mistério no templo de Cuca. Algo sinistro acontece lá dentro. Ontem foram pegos três desobediente, homens que tentaram fugir. Qualquer tipo de possível rebelião é aparato logo de cara. O Cuca inspira não só respeito, mas um medo, quase que sobrenatural. Realmente sinistro, dá medo até de chegar perto, é um ar muito pesado.

Hoje os rebeldes foram condenados. Uma condenação meio estranha. Acreditei que para o julgamento, o líder daria as caras, mas não. Um homem serviu de porta voz. Na verdade, parecia que nem era ele mesmo mais, mas sim o próprio Cuca. Os homens foram condenados e só ai entraram no templo. Um de cada vez. A cada um que entrava, gritos assustadores aconteciam. Não sei o que acontecia lá dentro, mas os homens saíam abalados, fora de si. Completamente sem noção da realidade mais, em um estado quase vegetativo. Mas cada um repetia frases desconexas, sem sentido, e descrevendo criaturas estranhas lá dentro.

Hoje entramos no templo. Entramos durante a noite, estranhamente, não me lembro de muita coisa, mas foi uma experiência sinistra, o frio na espinha me lembro bem. Não lembro como entrei, e nem o que aconteceu lá dentro. No máximo, tive a sensação de que vi um homem com corpo de crocodilo. O hálito era forte e bizarro. Juro que vi uma calda. Mas quem me acordou foi o próprio líder. Um homem alto, e elegante. Estou confuso e sem entender nada.

Essa noite foi a mais estranha de todas. Só me lembro de um vulto no meio do mato. Algo muito estranho. Depois, veio uma calmaria, para logo em seguida, uma chuva de raios. A tempestade de raios, foi a coisa mais estranha que já vi na vida. Destruiu tudo, é como se fossem conduzidas, pareciam armas. Desmaiei, e quando acordei, a tribo, havia sido destruída. De forma inexplicável. Então, assustados, eu e meus homens decidimos desistir da missão e ir embora. Tempo depois, ninguém mais conseguia achar aquela pequena ilha. Como se nunca tivesse existido!

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